Foto: Julie de Waroquier
"Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.
Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera?
São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem
de durar pouco que terem durado muito. [...]
Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino;
porque não há amor robusto que chegue a ser velho.
De todos os instrumentos com que o armou a natureza,
o desarma o tempo."
Trecho do "Sermão do Mandato",
Padre Antônio Vieira; Brasil, século XVII.
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