Imagem: autor desconhecido |
Meus cacos eu deixo no chão.
Não me importo que fiquem ali,
estirados,
cortando meu coração.
Meus pedaços,
depois eu cato.
Não me faço
muita questão.
Eu, que me importa eu,
ou qualquer pedaço
arrancado de mim?
Eu, que sou o outro.
Eu, espelho do que
me projetaram?
Eu não me importo comigo
se tenho um amigo.
Se tenho um amor,
se tenho um abrigo.
Eu, que me importa eu,
se existe Deus?
Se existe sol
e existe céu,
e às vezes chove?
E se de noite lua,
e se a minha rua
é do tamanho do mundo todo?
Eu, para quê?
Para que eu,
seja eu quem for?
Lílian Terra
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